De NRF Retail's Big Show 2024 até as tendências que impactaram os supermercados nos Estados Unidos. Veja essas e mais notícias abaixo.
NRF 2024
MERCADO&CONSUMO apresenta resumo da NRF 2024
Imagem por rawpixel.com no Freepik
A NRF Retail's Big Show 2024, realizada em Nova York, reuniu especialistas do varejo para discutir as últimas tendências e inovações do setor. Nos dois primeiros dias do evento, temas como inteligência artificial (IA), reinvenção das lojas físicas, retail media e omnicanalidade estiveram em destaque.
O primeiro dia, discutido por Luiz Alberto Marinho da Gouvêa Malls e Aiana Freitas da MERCADO&CONSUMO, focou na importância da IA para personalizar a experiência de compra dos consumidores e aumentar a eficiência operacional. A transformação das lojas físicas e a necessidade de colaboração entre as empresas também foram temas chave.
No segundo dia, Eduardo Yamashita da Gouvêa Ecosystem e Aiana Freitas continuaram, com ênfase na utilização de dados e na reinvenção das lojas físicas para melhorar a experiência de compra. A omnicanalidade, essencial para uma experiência de compra integrada, foi outro tema abordado. Destaques incluíram a iniciativa da Nike de criar lojas específicas para a linha Jordan e discussões com figuras notáveis como Earvin “Magic” Johnson e representantes do Spotify e McDonald’s.
Acesse os links para assistir os vídeos gravados pelo MERCADO&CONSUMO na NRF 2024.
Varejo Internacional
U.S.A 2024: 4 tendências que vão dominar os supermercados
Crescimento do Retail Media: Prevê-se que o mercado americano de retail media cresça 28,6% em relação a 2023, atingindo quase US$ 60 bilhões. Com 81,5% desse valor vindo de canais digitais, o investimento em retail media dentro das lojas físicas e em canais terceirizados também será significativo, expandindo-se para formatos inovadores como mídia dentro das lojas e TVs conectadas.
Amazon Como Supermercado: Após uma revolução estratégica em 2023, a Amazon continua seus esforços para se estabelecer no setor de supermercados. Com aberturas planejadas de lojas Amazon Fresh e melhorias em sortimento e design, a empresa busca aumentar sua participação no mercado, atualmente em 4,4%.
Comportamento Incerto do Consumidor: Ainda não está claro se os consumidores aumentarão seus gastos em 2024 ou manterão um comportamento cauteloso devido a dívidas e juros elevados. Essa incerteza pode beneficiar as marcas próprias dos varejistas, já que muitos consumidores optam por elas para economizar dinheiro, sem comprometer a qualidade e o sabor.
Fusão Kroger-Albertsons: A fusão das redes Kroger e Albertsons, ainda pendente de aprovação antitruste, pode criar um novo gigante no setor. A empresa resultante teria um alcance impressionante em termos de lojas físicas e dados primários dos clientes, potencializando suas estratégias de retail media e fidelização.
Para profissionais e empresas do setor varejista, especialmente em supermercados, 2024 será um ano de oportunidades e desafios.
Varejo
WhatsApp ganha mais visibilidade como "alavanca" de vendas para varejo
Imagem gerada por DALL-E
A transformação do WhatsApp em uma ferramenta vital para relacionamento, atendimento e vendas no varejo reflete uma mudança significativa nos padrões de consumo, impulsionados pela tecnologia.
Uma pesquisa da Opinion Box aponta que 79% dos brasileiros usam o WhatsApp para se comunicar com empresas, evidenciando a importância do aplicativo na interação com clientes. O sucesso do uso do WhatsApp no varejo não é por acaso; envolve a aplicação de estratégias cuidadosamente planejadas, incluindo o uso de Inteligência Artificial para personalização, a criação de conteúdo relevante e a utilização de plataformas de gestão para análise de dados e eficiência operacional.
As empresas que já adotaram o WhatsApp em suas estratégias, como a Natura e a Magalu, demonstram os benefícios dessa abordagem, utilizando recursos como catálogos de produtos e campanhas personalizadas para impulsionar as vendas. Para um aproveitamento eficaz do WhatsApp, é essencial uma compreensão aprofundada do público-alvo, desenvolvimento de conteúdo engajador e a integração com sistemas de CRM para manter um registro unificado das interações com os clientes.
Estudo & Pesquisa
Preço da cesta básica cai em 15 capitais brasileiras em 2023
Imagem gerada por DALL-E
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou que, em 2023, o preço da cesta básica diminuiu em 15 das 17 capitais brasileiras pesquisadas. As maiores reduções ocorreram em Campo Grande, Belo Horizonte, Vitória, Goiânia e Natal, enquanto aumentos foram registrados em Belém e Porto Alegre.
Essa tendência de redução dos preços, aliada à valorização do salário mínimo e políticas de transferência de renda, aliviou a pressão financeira sobre as famílias brasileiras, que enfrentaram altas de preços dos alimentos acima da média da inflação nos últimos anos. Apesar dessa melhora, o Dieese aponta preocupações para 2024, incluindo fatores climáticos, conflitos externos, e o impacto da demanda internacional nos preços das commodities.
Em dezembro de 2023, Porto Alegre registrou o maior custo da cesta, seguido por São Paulo, Florianópolis e Rio de Janeiro. Os menores valores médios foram observados em Aracaju, Recife e João Pessoa. Com base na cesta mais cara, o salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas foi estimado em R$ 6.439,62, o que corresponde a 4,88 vezes o valor atual do salário mínimo.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica, considerando o salário mínimo, foi de 109 horas e três minutos em dezembro de 2023, uma redução em relação a dezembro de 2022, quando era de 122 horas e 32 minutos. O comprometimento do rendimento para adquirir a cesta básica também diminuiu, passando de 60,22% em dezembro de 2022 para 53,59% em dezembro de 2023.